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01-04-2003

Embalagem biodegradável em estudo na UA


Aveiro

Aveiro Novo material de embalagem alimentar biodegradável em estudo na UA Já conhecido dos americanos, o ácido poliláctico parece ser uma das alternativas ecologicamente viáveis para substituir o tradicional e imperecível plástico nas embalagens alimentares. O novo material tem a enorme vantagem de ter uma origem natural, ser biodegradável e ainda a possibilidade de conservar a qualidade dos produtos alimentares embalados, preservando as suas características naturais. As diversas potencialidades desta inovação estão a ser estudadas pelo Departamento de Química da Universidade de Aveiro. Mantendo a qualidade O aparecimento de um material de embalagem alternativo ao «plástico tradicional» com a particularidade e mais-valia de poder ser biodegradável é um objectivo há muito ansiado, ainda mais se esse material oferecer características, nomeadamente a permeabilidade, adequadas aos aromas dos alimentos que embala e armazena, mantendo a qualidade com que são fabricados/recolhidos. O Departamento de Química da UA, juntamente com uma universidade dos EUA, a Colorado School of Mines, Golden, Co, e a Dow Cargill, está a estudar a viabilidade de aplicar este novo material, que para além de reunir as referidas características, apresenta , ao mesmo tempo, boas propriedades mecânicas para a indústria de embalagem . Estamos a falar do ácido poliláctico (PLA). Resta saber qual a permeabilidade dos sabores e dos aromas dos alimentos a esse produto e para que alimentos é mais indicado. «Quando se utiliza um novo material de embalagem de alimentos há a necessidade de saber qual é a permeabilidade dos sabores e dos aromas do alimento nesse material. É este aspecto que vamos estudar, através de alguns aromas tipo e de um filme de ácido poliláctico», afirmou a Prof. Doutora Isabel Marrucho Ferreira, investigadora responsável pelo projecto. «Não estamos preocupados, no momento, com o reverso da medalha, isto é, com a possibilidade de sorção do material pelo alimento, mas se ele é realmente adequado a esta finalidade», acrescentou ainda a docente. Até porque, como nos referiu, «na área alimentar, o estudo de solubilidade de compostos em polímeros tem sido essencialmente efectuado do ponto de vista das características sanitárias do alimento, não havendo grande preocupação com a preservação das suas características organolépticas iniciais». Ácido Poliláctico? O PLA ainda é apenas produzido à escala industrial nos EUA e, do ponto de vista da saúde alimentar, já foi autorizada aí a sua utilização como material de embalagem de alimentos pela Food and Druggs Administration. É um polímero que faz filmes flexíveis, o que o torna um material com excelentes propriedades mecânicas para a indústria de embalagem, e com uma porosidade adequada que, em princípio, dificulta a permeabilidade dos aromas e sabores para o exterior. No entanto, a falta de estudos concretos leva a que a sua utilização, na Europa, ainda não seja permitida para esta finalidade. «As principais vantagens em utilizar este material relativamente ao poliestireno ou poliproprileno, materiais normalmente utilizados, são a sua produção a partir de produtos naturais, como por exemplo o milho, e a sua biodegradabilidade. Já foi testado pela Colorado School of Mines para a possibilidade de ser utilizado em sacos para supermercados, e a conclusão é que as suas propriedades mecânicas são óptimas, porém apresenta já uma limitação: é um material que dificulta a impressão de imagens, designadamente um logotipo», explicou à Folha Informativa a Prof. Isabel Marrucho Ferreira. Estreita colaboração com os EUA Este projecto está a iniciar-se agora e vai estender-se por mais três anos. No entanto, um aluno envolvido no projecto já teve oportunidade de fazer quatro meses de estágio na Colorado School of Mines, durante os quais começou por fazer estudos de simulação, que permitiram observar, ao nível molecular, como é que os principais componentes do ar, oxigénio e azoto, interactuam com o PLA. O próximo passo é o trabalho experimental para validar os valores obtidos com a simulação. A Universidade de Aveiro e os seus parceiros nesta investigação são pioneiros no estudo deste polímero com esta aplicação. Os EUA têm a tarefa de fazer a simulação, uma vez que possuem infra-estruturas adequadas , enquanto a Universidade de Aveiro será responsável pelo trabalho experimental. Nos horizontes da equipa de investigação está o desenvolvimento de uma metodologia mais abrangente que permita o estudo do fenómeno da permeabilidade de gases em materiais. Tal como nos referiu a investigadora «interessa-nos desenvolver uma metodologia que se aplique a um conjunto alargado de materiais, pois se se revelar que este material é um bom material de embalagem de alimentos, existem outros novos biomateriais, com propriedades semelhantes às do PLA, que poderão ser aplicados com a mesma finalidade». A utilidade de um novo material de embalagem junta-se à agradável característica ecológica imprimida pelo seu cariz biodegradável. (28 Mai / 12:10)

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